O PSG tem jovens jogadores que “serão os melhores do mundo” e um treinador, Luis Enrique, que “os faz crescer”, segundo o antigo médio argentino do clube, Javier Pastore (2011-2018), numa entrevista à AFP antes de um jogo decisivo da Liga dos Campeões em Birmingham, na terça-feira.
– Qual é a opinião sobre o nível do PSG, que vai para a segunda mão dos quartos de final contra o Aston Villa em boa forma, depois da vitória em casa por 3-1 na primeira mão?
– É uma equipa muito sólida que começou a época de forma um pouco tímida, mas a evolução colectiva da equipa é incrível. É uma equipa muito calma na defesa e paciente no ataque, que sabe esperar pela situação certa. E os jogadores da frente são muito bons: Dembélé, Doué, Barcola, Kvaratskhelia? Jogadores que podem fazer a diferença em qualquer momento e marcar um golo.
– O que é que Luis Enrique conseguiu transmitir ao plantel que perdeu o melhor jogador, Kylian Mbappé, no verão passado?
– Todas as pessoas que conheço que trabalharam com Luis Enrique são muito elogiosas para ele. Este ano, ele mostrou-se muito melhor e os jogadores estão mais dispostos a crescer com ele. Sempre teve muita confiança em tentar formar uma equipa que jogue e defenda coletivamente. É algo que não se via no PSG há muitos anos.
– Este PSG é o mais forte desde que foi comprado pelo Catar em 2011?
– Podemos dizer que sim hoje. Mas se calhar vamos perder na terça-feira e vamos dizer que foi igual a todos os anos anteriores (risos). Mas esta equipa dá-nos esperança de que este ano vamos chegar à final da Liga dos Campeões… Mas o futebol é assim, joga-se num jogo e há outras boas equipas (nota do editor: Arsenal, Real Madrid, Bayern, Inter, Dortmund, Barcelona).
– O que mudou em relação aos projectos anteriores?
– É uma equipa muito jovem, com muito talento e margem de progressão, com um treinador que adora jovens jogadores porque os faz crescer. Vai ter com eles e transmite-lhes mais facilmente tudo o que sabe. O PSG tem jovens jogadores que serão os melhores do mundo nos próximos cinco ou dez anos.
– Quais são os novos jogadores que mais o impressionaram?
– Gosto muito do Désiré Doué (19 anos). Vim assistir a um dos primeiros jogos no Parc des Princes e nunca o tinha visto jogar, mas vi que o clube tinha feito um grande investimento. Três meses depois, é quase o jogador mais influente da equipa, juntamente com Dembélé, que está em grande forma. Há também o João Neves, que controla o meio-campo, que joga simples, que faz muito bem, que defende, que avança… Vê-lo fazer tudo tão facilmente no PSG como se tivesse 30 anos, quando na verdade tem 20, é impressionante.